Cibercultura é a cultura que surgiu, ou surge, a
partir do uso da rede de computadores através da comunicação virtual, a
indústria do entretenimento e o comércio eletrônico. É também o estudo de
vários fenômenos sociais associados à internet e outras novas formas de
comunicação em rede, como as comunidades on-line, jogos de
multi-usuários, jogos sociais, mídias sociais, realidade aumentada, mensagens
de texto, e inclui questões relacionadas à identidade, privacidade e formação
de rede.
O
conceito de cibercultura é trabalhado de forma diferente por cada autor.
Existem quatro linhas de analise do conceito: 1. utópica, 2. informativa, 3.
antropológica e 4. epistemológica:
- Quando trabalhado de forma utópica, o conceito refere-se ao advento de novas mídias e como estas influenciam a sociedade, formando subculturas. Autores como Andy Hawk e Pierre Lévy trabalhavam com o conceito desta forma.
- Quando analisado sob o aspecto informativo, refere-se a um conjunto de práticas culturais que permite novas formas de transmitir-se informação (sem qualquer relação com o cyberpunk, neste caso). Autores como Margaret Morse e Lev Manovich trabalharam com esta visão.
- Quando posto sob um ponto de vista antropológico, o conceito é estudado minuciosamente na história presente. Refere-se a um conjunto de práticas culturais e estilos de vida gerados pelas TIC. Autores como Arturo Escobar e David Hakken trabalharam com o conceito de modo antropológico.
- Epistemologicamente, o termo é usado para teorizar as novas mídias e as explorar como uma cultura de informação. A cibercultura é auto-reflexiva pois a teoria faz parte de suas narrativas, que impulsionam novas teorias. O autor Lev Manovich analisou o termo sob essa perspectiva.
Cibercultura e a reconfiguração educacional
No hábito intrínseco da tecnologia na vida do
jovem, instituições que compõem a educação formal e informal estão tendo que
sair dos moldes tradicionalistas e se inserir nesse ciberespaço. Nesse momento
existe um choque de gerações entre um publico "Nativo Digital", que
engloba as gerações que já nasceram inseridas na cultura digital, com os
Imigrantes Digitais, que tem que se adaptar para aderir as novas ferramentas da
cultura digital.
Há vários autores que trabalham com o conceito de
cibercultura, entre eles Pierre Lévy, que traz a ideia de Inteligência coletiva, onde
inteligências individuais são compartilhadas (compartilhamento potencializado
através das novas tecnologias) e se somam . Outros autores que trabalham com
este assunto são Catapam, Pedro Demo e André Lemos.
Diante desse quadro a educação vem passando por
diversas reformulações como a introdução de equipamento tecnológico em sala de
aulas (computadores e tablets), deveres de casa através do meio virtual, salas
de aula virtual. Com o intuito de integrar a sala de aula com o ciberespaço,
atingindo de forma efetiva o que tem sido o principal canal de comunicação com
os alunos Nativos Digitais. Outra característica é a inclusão de matérias
específicas na grade curricular como Desenvolvimento de Games, Programação,
Robótica e Cibercultura. Inclusive os espaços de educação informal, tal como
museus e centros culturais, tem adentrado esse universo com objetivo de
instigar o jovem a frequentar esse espaço físico, fortemente ligado formação de
público.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cibercultura
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